29 maio 2006

Aborto. E se fosso você...

... que fosse o feto rejeitado???

Não podia deixar de postar sobre o aborto depois de ter presenciado na sala de aula que a maioria dos colegas são a favores do aborto. Aquela situação ficou pertubando os meus pensamentos e não conseguia entender o motivo daquelas opiniões. Li vários sites, artivos, opiniões, relatos contra e a favor do aborto.

"Converter-se em pais é uma decisão muito importante que afetará o resto de sua vida. É essencial o poder tomar suas próprias decisões. Ninguém tem o direito de dizer o que você deve fazer."

"O aborto é um direito de toda mulher e as permitem viverem suas próprias vidas."

Essas são algumas frases dos defensores do aborto relacionando-o com a liberdade individual. Percebi que esse tão defendido direito de escolha é fruto deste pensamento que por vários momentos rege nossa vida: tenho o direito de me livrar dos produtos que não desejados e tirar dos meus caminhos pessoas que são importuna até mesmo quando essa forma precise ser o assassinato e independente a quem ela irá prejudicar. (Infelizmente não percebemos que o mais prejudica é nós mesmos).


Esse pensamento egoísta, incentivado pelo individualismo ditado e vigente em nossa sociedade, está presente em pequenos atos do nosso cotidiano que muitas vezes não percebemos: sabe aquele colega de trabalho que você prejudica, pois ele pode roubar sua vaga? Sabe aquele filho que você coloca para fora de casa? E aquele dia que você resolve casar já com o propósito se não der certo separo? Vemos o outro sob a ótica de estar ou não nos prejudicando e tratamo-nos, por isso, como descartáveis.


É com esse pensamento que muitos se colocam rapidamente em defesa do direito ao aborto, muitas vezes sem conhecer e pensar sobre os interesses lucrativos de clinicas abortivas, a banalização do sexo e as complicações do aborto segundo os diversos, falsos e perigosos métodos aplicados. Há até livros, que inventam dados para comprovar seus falsos argumentos em defesa ao aborto, e o pior, escritos por médicos. Alguns já consertaram e desculparam suas calunias, outros não.


“A mulher tem o direito de não querer engravidar, mas se acontecer cabe lhe também o direito de não ser mãe, só não deve possuir o direito a ser uma algoz, que ao menos gere o ser que está crescendo em seu ventre e depois o dê. O ato de dar sempre foi e sempre será muito mais humano e livre do que o de roubar (uma vida) ...”

Arnaldo Andrade Santos


“O aborto é uma manifestação desesperada das dificuldades da mulher para realizar uma opção livre e consciente na procriação e uma forma traumática de controle da natalidade. Mesmo numa consideração não religiosa, o aborto é um signo de uma rendição, nunca uma afirmação de liberdade”.


Franklin Cunha – Médico

www.aborto.com.br Esse site aborda várias questões a cerca do aborto e contém vários depoimentos de pessoas que passaram pela situação

27 maio 2006

Transtorno


Outro dia discutíamos na aula sobre a importância que o celular passou a ter nas nossas vidas. Era difícil nos imaginar sem o celular.
E hoje, forçosamente, eu e milhares de pessoas fomos obrigadas a voltar ao passado. Pela manhã, as operadoras de celular suspenderam seus sinais nos presídios e localidades vizinhas.
Essa decisão foi tomada pelo governo para impedir que detentos, por meio de celulares, controlem o crime.
O controle deveria ser rígido, para que os aparelhos não entrassem nas penitenciaras e se isso não é feito, existem tecnologias capazes de impedir o sinal, só em determinados regiões.
Não sei até quando essa situação vai durar, e já fico imaginando qual será a próxima artimanha dos bandidos, pois eles têm criatividade e dinheiro para comprar muita gente que pode “ajudar”.

24 maio 2006

Situação Carcerária




Luis roubou, Jorge estuprou, Walace matou. E João? O que fez João?
Todos presos no DPJ de Vila Velha.
Passa dia, vem dia e todos juntos, além deles muitos, muitos outros. Numa cela que tem capacidade para 16 detentos se encontram 90.
Imaginem, todos felizes por compartilharem suas necessidades pessoais, seu cantinho para dormir, o calor humano, lá, é maravilhoso. Já ia me esquecendo da comida, que deve ser deliciosa, feita com tanto amor para Luis, Jorge, Walace e João.
Eles ficaram por lá vários meses e começaram a conversar.
Jorge foi tratado como uma donzela e começou a contar para João sua vida. Luis e Walace também fizeram amizade e um compartilhou para o outro suas técnicas e aprendizados.
Por fim, descobriram que João nada tinha feito, mas saiu dali com habilidades que jamais achou que poderia ter.




Há tempos quero escrever sobre a situação carcerária do Estado.
Nesse conto quis mostra um pouco da realidade dessas pessoas, sei que a muito a dizer e que a situação é demasiadamente complexa.
Mas tenho convicção de que melhorando o sistema carcerário haverá uma diminuição no alastramento da violência na sociedade.
E ser tratado como ser humano e ter condições básicas de sobrevivência não é privilégio de quem está em liberdade.
Lembrando que tem muito bandido rico e solto, ocupando cargos altos e de grande responsabilidade. E pior, eleitos por nós.


Mais informações:http://jusvi.com/noticias/ver/19876

17 maio 2006

A vida é feita de escolhas

Você já parou para pensar em uma escolha simples que você fez um dia, e que mudou completamente a sua vida?
Pois é...


Tudo o que somos é conseqüência de nossas escolhas, ou em outras palavras, nossa identidade é uma construção de escolhas. Todo o caminho que traçamos diariamente para a nossa vida é marcado por escolhas. Algumas são essenciais e importam decisões sobre nossa religião ou nosso papel social. Outras são operacionais, como a roupa que vamos vestir hoje para ir à faculdade. Não há como querer não fazer escolhas, conscientes ou inconscientes, por ação ou omissão, estamos sempre fazendo escolhas. Não podemos esquecer que não escolher já é uma escolha; além disso, quando escolhemos não escolher, estamos deixando alguém escolher por nós e conseqüentemente sofreremos a conseqüência do que o outro escolheu.



A questão é que só percebemos a vitalidade de nossas escolhas naquele dia em que precisamos fazer uma escolha importante, explicitamente decisiva.


Dificilmente paramos para pensar quais são as bases dessas escolhas. Se elas são frutos de nossas preferências, de nossos valores, de nossos impulsos, de nossos interesses, ou de nossos objetivos (temos mesmo objetivos?)...

O pior é quando nem conseguimos apontar em que nossas escolhas são baseadas e nessa procura perdemo-nos do sentido de nossas vidas.



Leiam mais... Tempo de Escolher de Tom Coelho

16 maio 2006

Você é o repórter

Carta do ouvinte, fórum do leitor, pergunta do telespectador... São diversos os tipos de participação do receptor promovidos pelos veículos jornalísticos. Essa interação existe desde a década de 1950 e continua sendo utilizado constantemente, mas não perdeu, ainda, a mediação do jornalista.


No ciberespaço, essa barreira já está sendo quebrada com a criação dos wikis http://weblivre.br101.org/wiki.html , moldando um diferente tipo de jornalismo.
No impresso é crescente a abertura do espaço para a inserção do leitor na produção do jornal. O jornal A Gazeta, por exemplo, iniciou hoje a coluna Fotoleitor, um espaço a ser ocupado pelos registros feitos pelos leitores no cotidiano. As fotos e os comentários enviados, que antes tinham no jornal um espaço menor denominado “Flagrante do leitor”, são de interesse público e realmente alvos de potentes notícias.


Ao reparar aquela coluna, lembrei da ascensão da Assessoria de Imprensa que agilizou o trabalho do jornalista e imaginei aqueles leitores como potentes assessores, que não possui uma função empresarial, mas sim uma função anunciadora e denunciador contratada por si mesmo. Conclui que as contribuições dos leitores tendem a ocupar a produção jornalística, como ocuparam os releases enviados pelas assessorias.


Questionei-me, então, compraremos noticias cujas bases foram produzidas por nós mesmos? Os leitores farão papéis de jornalistas e assessores? Antes mesmo dos meus pensamentos sondar alguma resposta, outra perguntas já estavam sendo bombardeadas em minha imaginação. Se a contribuição dos leitores irá aumentar, as redações esvaziar-se-ão, como aconteceu com o crescimento da Assessoria? Será o declínio do jornalismo como profissão?
Nessa veio logo uma resposta. Não, não é para tanto.


Restou-me daquele momento, a certeza de que essa participação molda novas etapas e novas características das redações de jornalismo, as quais nós futuros jornalistas ou mesmo futuros leitores estaremos inseridos.

14 maio 2006

Votar? Pra que?

A pesquisa do Instituto Futura mostrou que 60,2 % dos capixabas não votariam nas próximas eleições se o voto não fosse obrigatório.
Tentando analisar o que é pior...
1. não votar (ou anular seu voto), http://www.votoconsciente.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=72&Itemid=44

2. votar só por que obrigatório,

3. votar em branco ou

4. votar por algum beneficio próprio.

... conclui que o pior é que a maioria dos capixabas (e também dos brasileiros) não acha pior nenhuma dessas quatro opções. Acham mesmo que o pior é votar. Votar com vontade, com consciência.


É muito mais cômodo se livrar desse compromisso do que faze-lo com responsabilidade, mesmo porque isso daria trabalho.
Acho que consideram pior votar porque acompanhar política é chato, é muita coisa, muita informação, muita corrupção, muita impunidade, além disso, porque acham que entender de política é difícil e que não têm tempo de ficar pesquisando, debatendo sobre candidatos e muito menos analisar sua história política e suas propostas.
Percebo que muitos não se preocupam, se quer, em quem não votar.



A descrença na política é crescente, também com essa crise, não era de se esperar outra reação. Mas então, se não tivesse a crise, a população acreditaria mais na política? Mas a corrupção e impunidade não seriam menores.
Então a crise serve para escancarar mais a corrupção e a impunidade? Então a crise é boa? Mas... se ao descobrir os problemas, a população fica mais desacreditada, então a crise não pode ser boa.


Eis aí a questão, a população não consegue perceber a validade de uma crise política e aproveita-la para se aproximar da política e criar um eleitorado mais ativo.
Talvez estamos precisando de uma crise de eleitores – que mostre o descaso da maioria da população com a polícia do país - para acordarmos para a vida política. http://www.votoconsciente.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=76&Itemid=44